quarta-feira, 15 de junho de 2011

Comemoração do Dia Internacional de James Joyce em Beagá

O Bloomsday é um feriado comemorado em 16 de junho na Irlanda em homenagem ao livro Ulisses, de James Joyce, um dos mais conhecidos romancista, contistas e poeta irlandês. Ao redor do mundo seus fãs realizam eventos em sua homenagem e em Beagá a programação do Bloomsday Rose apresenta várias atrações no centro cultural Casa Una. A partir das 17h acontecem exposições, exibição de vídeos, instalação interativa, bazar, venda de livros, intervenção musical com o músico Carl Malachy Mooney (músicas irlandesas), mesa redonda sobre Joyce e o Universo feminino, leitura aberta, rodada de brinde com cafés e cervejas irlandesas. Especialmente para a ocasião, a artista plástica Silvia Herval e a arquiteta Ana Assis elaboraram um dispositivo, a máquina de café EX_pressa que celebra a bebida no seu ritual de preparação.

http://bloomsdaybh.blogspot.com

fonte: mixordia.com


oi

Caricaturas em exposição e bate papo no OI Futuro

O Oi Futuro inaugura a exposição “Caricaturas e Política. Plantu & Cartooning for Peace” do caricaturista Jean Plantu. Dono de um traço provocador e bem-humorado, suas charges retratam momentos políticos importantes da arena internacional, transgridem tabus e testam os limites da censura. São desenhos e charges publicados especialmente no jornal Le Monde, onde trabalhou por mais de 30 anos, além de charges de alguns dos desenhistas reunidos pela Fundação Cartooning for Peace (Desenhos pela Paz), criada por Plantu. Pouco antes da abertura da exposição acontece um bate papo com Duke, cartunista, chargista e ilustrador do jornal O Tempo e Super Notícias, dentre outras publicações


fonte: mixordia.com

Pintura no muro

Artes Visuais deixa sua marca nos muros do Valores de Minas!!!

Tudo começou quando a Professora Márcia nos trouxe a proposta de fazermos uma pequena performance com sombras! Surgiram grandes idéias inovadoras, interessantes e até "paranormais", tais como: cenas de salão (corte de cabelo), de demônios, de pintores, etc. Essas idéias inspiraram os desenhos da turma de Artes Visuais da tarde.

A partir daí, passamos nossos desenhos para os muros do Valores de Minas! Experiência única e diferente. Foi como se tivéssemos um tipo de... de... liberdade. Uma obra só nossa e que só nós poderíamos fazer aquilo e ninguém mais!!!

Agora existem sombras passadas nas paredes do Valores. Sombras que podemos observar. Ou serão elas que nos observam?! Uuuuuuuuhhhhhhhhaaaaaaaaa!!!

Luciana Silva – Artes Visuais – Turma da tarde











Os alunos das Artes Visuais visitarão o Museu Inhotim no dia 18.06.2011. Nós professores fomos orientados a desenvolver com os alunos alguma atividade que tivesse o sentido de uma “pré-visita” ao Museu. A partir da sugestão dos organizadores da visita, começamos a trabalhar com alguns artistas que poderão ser encontrados nas galerias de Inhotim. Os artistas escolhidos, tais como Rivane e Jorge Macchi, desenvolvem desenhos a partir de sombras. Como o trabalho com desenhos já fazia parte do projeto inicial de Artes Visuais, aproveitamos a oportunidade e abrimos um diálogo com esses artistas buscando um novo olhar para o desenho. Os alunos foram estimulados a produzirem desenhos a partir de exercícios com sombras. Assim, surgiu a idéia de levar esses desenhos de sombras para o muro (tapume) que ficam em frente ao espaço reservado para as Artes Visuais. No tapume estão expostas as pinturas da turma da manhã e da tarde. As fotos abaixo ilustram esse momento de preparação da visita a Inhotim.

Márcia Dárquia

sexta-feira, 10 de junho de 2011

As Obras de Guilherme Dietrich

Vejo as obras de Guilherme Ditrich como despretenciosas e sem a menor preocupação de mostrar o belo, ele brinca com as formas humanas e até mistura com animais ou demônios, fazendo assim, obras boas de se admirar.
A lição era fazer uma obra inspirada em qualquer característica das obras de Dietrich, constatei assim que é muito difícil não se preocupar em fazer algo belo, então não sei dizer se gostei do resultado, mas digo que foi uma experiência única mudar meus traços.

Lucas Basílio

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Perguntas respondidas por Guilherme Dietrich, por email no dia 28/04/2011.


Sobre Guilherme Dietrich

As discussões na sala a cerca do desenho nos levaram a conhecer um artista de Porto Alegre e que atualmente reside na cidade de Genebra na Suíça, chamado Guilherme Dietrich. Entramos em contato com as suas obras e fizemos a leitura de algumas delas para aprofundar nossos estudos sobre o desenho. Estamos trabalhando com desenhos numa perspectiva de captar cenas do nosso cotidiano, cenas que normalmente não prestamos muita atenção. Guilherme Dietrich é um artista que também explora em seus desenhos essas idéias.

O trabalho com desenhos que retratam o cotidiano parte da idéia de que não é apenas a história, a cultura e a sociedade em seu conjunto que definem o mundo humano. Os seres humanos se definem, sobretudo, por sua vida cotidiana. O dia-a-dia é revelador porque nele se amontoam rotinas e trivialidades. O ordinário, com a dureza do cotidiano, reflete aquilo que somos, reflete a essência das experiências humanas. É por meio de vivências e de trocas cotidianas que construímos nossa forma de existir socialmente. É no cotidiano que manifestamos nosso desejo e nossa vontade de denunciar e de anunciar.

Abrimos um diálogo com Dietrich sobre a sua obra e o que ele pensa do ser humano. Um trecho das respostas que ele nos enviou mostra que, para ele, o homem é exatamente aquilo que ele vive no seu cotidiano

Depende aonde vc está. em um hospital o homem é carne, liquido, química... com a família é amor, com a pessoa q vc ama são muitas coisas, quando abraço minha mãe não imagino q são dois tecidos , dois nacos de carne se chocando, mas quando estou internado em uma cama de hospital, pelado com seringas na minha veia, bom.. penso q não passo de um saco de carne. realmente me interesso por isso (DIETRICH, 2011).

O diálogo com Guilherme Dietrich permitiu, ainda, observar o processo criativo desse artista. Isso ajudou os alunos no sentido de perceber que cada um também pode construir seu próprio processo de criação.

Os alunos dialogaram com as respostas do artista. Para Geisiane, Juvenal e Leonardo, as obras de Guilherme Dietrich são feitas a partir de cenas contraditórias do cotidiano. A diferença e a inovação são suas grandes características, mostrando que ele vê o homem de forma diferente e mais dinâmica. Para os alunos, “ele é um artista interessante e que consegue expressar em suas obras o verdadeiro intuito da arte”. O artista representa pequenos detalhes de forma abrangente, enriquecendo a arte e suas pinturas.

Márcia Dárquia

1- Qual relação você estabelece entre observação, inspiração e criação?

ver, interiorizar e devolver ao mundo. basicamente é isso. eu gosto do mundo e de estar vivo. eu nao paro de "consumir" o visível. muito disso eu esqueço, alguma coisa eu lembro e um pouco eu expi-lo na forma da minha linguagem. expi-lo é assim q se escreve? hehe desculpe meu português é medieval.

2- Alguma relação de "beleza" está presente quando você busca atingir o público com sua obra?

eu nao busco atingir ninguem, eu gostaria de atingir um banqueiro suiço rico para comprar meus trabalhos mas eu nao conheço o gosto deles. la beauté n'est pas mon problème!


3- O que é o homem para você? (Essa pergunta se deu, quando analisamos o aspecto antropológico das suas imagens e os alunos perceberam a presença humana de forma constante e indagadora)

depende aonde vc esta. em um hospital o homem é carne, liquido, química... com a família é amor, com a pessoa q vc ama sao muitas coisas, quando abraço minha mae nao imagino q sao dois tecidos , dois nacos de carne se chocando, mas quando estou internado em uma cama de hospital, pelado com seringas na minha veia, bom.. penso q nao passo de um saco de carne. realmente me interesso por isso. na história da arte posso citar duas situações que me fascina, Rembrandt e Giacometti. Se vc me permite indicaria a leitura de um livro aos nossos amigos, Um Retrato de Giacometti de James Lord. esse livro é uma obra prima sobre processo criativo e por falar nisso( Cartas para um jovem poeta) de Rainer Marie Rilke !!!

4- Profissionalmente, você só vive de seus desenhos e de sua arte? (caso não queira responder, sinta-se a vontade)

eu vivo da ajuda da minha família enquanto estou estudando na suiça, vim para Genebra para estudar na escola de artes de Genebra pq é uma otima escola e tbm pq o mercado de artes na suiça é muito bom. no brasil é muito difícil viver de arte, aqui tem alguma chance( + investimentos, + poder aquisitivo + galerias + educação) . Eu tbm tenho formação como designer gráfico trabalhei antes com isso agora trabalho bem menos com design , enfim é algo que envolve desenho e dinheiro.

5- Como e quando você decidiu se dedicar a linguagem do desenho como arte?

sempre desenhei, e quando eu sai do colegio eu entrei para faculdade de design... mas nao era isso.... tomei coragem, larguei tudo e me dediquei a arte. depois fiz teste para entrar nesta escola que estudo hoje. estou a 3 anos só trabalhando com desenho autoral. e claro estudando sempre. pq desenhar é uma escrita (pelo menos para mim) se vc nao tem o q falar nao tem o q escrever e nao tem o q desenhar. o mais importante é o primeiro nível citado na primeira pergunta, "observar". ler, escutar, viajar etc etc etc.....

obrigado pela paciência

Performance

Projeto o que se pode aprender de um desenho?

professora Márcia Dárquia

turma manhã






A perfomance não tem limites,


explora linguagens


das mais diversas formas


de arte


e faz do corpo, a obra.




Paulon












Performance com as portas

A partir de alguns exercícios de experimentação com performances, desenvolvemos com os alunos estudos e reflexões sobre essa expressão artística tornada ação efêmera. Alguns de vídeos de performances foram assistidos e começamos a experimentar e nos apropriar da composição de gestos íntimos, conceito importante da ação performática. Gestos que dialogam com objetos diferenciados, que estavam disponíveis para os exercícios de experimentação. As portas foram alguns desses objetos experimentados pelos alunos. Elas se transformaram em suporte que continha o auto- retrato de cada performer. Os exercícios de experimentação aconteceram inicialmente entre eles e depois se abriu para outros espaços do Valores de Minas. Fizemos a filmagem como registro dessa performance que ainda está sendo editada. Logo será colocada no blog. Algumas fotos ilustram um pouco desse trabalho.

Márcia Dárquia



Sobre a performance

Projeto O que se pode aprender de um desenho?
professora Márcia Dárquia
turam tarde








Depois das pesquisas sobre performance, das conversas sobre o trabalho de Marina Abramovic e do choque que o trabalho desta artista nos proporcionou, encontramos uma nova forma de pensar sobre o que é performance.

Uma das propostas desenvolvidas com performance teve como objetivo a escolha de objetos aleatórios contidos na sala das artes visuais (como bacias de metal, mangueiras, roupas, tecidos etc.) e com eles montarmos em grupo uma performance.

Na prática, a união desses objetos ao corpo de cada integrante do grupo foi importante, pois a possível relação entre estes objetos traçava o caminho da performance. Utilizar o corpo para criação artística transforma nossa maneira de formular um trabalho porque podemos escapar do que é convencional e criar algo novo, intrigante e, além de tudo, que não modifique apenas o público, mas também o artista.

Luiza Nobel