
A bienal dedicava seu arsenal de obras contemporâneas, nas relações entre arte e política permitindo o exercício político ser demonstrado fora dos ambientes partidários.
“Tomamos seu nome de um verso sinfônico de Jorge Lima- ‘ Há sempre um copo de mar para um homem navegar’ – para deixar claro que a palavra poética é o nervo do nosso projeto”, explicam Moacir dos Anjos e Agnaldo Farias, curadores-chefes da 29º bienal de São Paulo;
A primeira aula externa dos alunos das artes visuais do Valore de Minas - PLUGMINAS-, a exposição seria para alguns o primeiro contato cultural que explorava temas artísticos e visão política, dualidades que certamente era negada ou dita como impossível.
Contamos com educadores na bienal, que abordavam uma reflexão polêmica e o balanço de algumas atitudes, acerca de algumas obras presentes na exposição.
Obras como: “Inimigos”, de Gil Vicente e outra que exploravam o tema da “ Morte de Herzog” foram alvos de uma intensa discussão política e de comportamento social. Outras diferiam sobre o tema ditatorial e poético, como foi a entrevista gravada de Clarice Lispector.
Confronto, supressa e choque são palavras que representariam o foco dessa exposição. O foco em provocar o ato de “pensar” parece ser o impulso alocado em cada obra e nos remete as adversidades entre as informações facilitadas pelas mídias com a curiosidade social da procura da informação pessoalmente.
Concluo, “é preciso ter em mente que a poesia é a seiva da linguagem, que brota de território selvagem que artistas ousam explorar, ao recusarem o já contabilizado e mostrarem o que não conhecíamos. Daí o estranhamento, a repulsa, o choque. Não é por outro motivo que a história da arte é pontuada por escândalos e incompreensões”.
Wildon Rodrigues
Nenhum comentário:
Postar um comentário